“... estes ensaios me deram a oportunidade de expressar
o meu encanto com a genética
e seu nexo com as artes e as humanidades”.


O Sérgio Pena é um dos mais destacados cientistas da atualidade. Neste livro ele enfrenta e vence o desafio de escrever sobre genética para o grande público. São deliciosas crônicas sobre genética e evolução em um contexto amplo de ciências sociais, humanidades e artes. Leitura agradável, acessível, erudita e com rigor científico. Com elegância e bom-humor, o autor consegue aliar os mais avançados estudos da genética a questões intimamente ligadas a vida de todos. Como, por exemplo, quando fala de pessoas que querem “engenheirar” a natureza humana, ou seja, produzir “Bebês à la carte.”

Reconhecido internacionalmente, Sérgio Pena trabalha com pesquisa de ponta, cujos resultados mostram que as diferenças entre as raças humanas “estão literalmente à flor da pele”, ou seja, não há evidências dessas diferenças raciais no genoma das pessoas. Duas crônicas tratam especificamente desse tema: “Receita para uma humanidade desracializada” e “Pequena história da individualidade genética humana”.

O livro é apresentado por Fernando Morais: “A crônica científica se enriquece e assume, nas mãos de Sérgio Pena, a elegância da mais requintada literatura, virtude especialmente visível na crônica da guerra dos sexos ou quando o autor compara o genoma humano à 'Biblioteca de Babel', de Jorge Luís Borges”. “Não é todo dia, afinal, que se pode topar com um livro de crônicas científicas que esmiúça assuntos tão variados quanto a filosofia, a genética, a arte e a música para nos ajudar a desvendar alguns dos muitos mistérios da vida, À flor da pele é um desses raros livros. (...) um livro, em uma só palavra, indispensável”.